quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A descoberta!


   Bom, acho que uma maneira de começar essa nova fase do Blog é contar como tudo começou.
   Eu não estava tomando pílula, o meu médico havia cortado o remédio no final do ano passado quando eu fiz um pequeno tratamento, nada muito importante. Até que no começo de Maio eu resolvi mudar de médico, pois não tinha botado muita fé no anterior, sai de lá com uma série de pedidos de exames e comentei com o médico se ele não podia me dar uma receita de pílula, pois não estava muito a vontade de confiar apenas na camisinha. Ele me deu a receita e me disse para esperar o primeiro dia do próximo ciclo para voltar à tomá-la. 
   A vida seguiu por esse mês e eu, que tinha acabado de ser tia em Abril brincava com minha cunhada quando meu sobrinho chorava que agora era a vez dela. Muito bem, os dias se passaram e eu fui visitá-la, e quando meu sobrinho vinha no meu colo ele gritava. Outras pessoas pegavam ele e no mesmo momento ele sorria. Voltava pro meu colo, parecia que eu tinha espetado a criança. Achei estranho e apesar de ser a data que minha menstruação deveria descer (ou seja, nenhum atraso), resolvi fazer um teste de farmácia. POSITIVO!
   Ainda não me dei ao luxo de surtar, e apesar da minha experiência dizer que estes testes não costumam estar errados, principalmente quando o resultado é positivo, resolvi fazer outro teste no dia seguinte. No entanto, minha mente estava tão atribulada com a possibilidade de estar grávida novamente que atropelei um cachorro quando fui à farmácia comprar o segundo teste. Cheguei em casa, tremendo, por conta do coitado do cachorro que não tinha nada a ver com a história e fiz o segundo teste: POSITIVO! Nesse ponto o desespero bateu, e eu me vi abraçada em meu cachorro, o Thor, chorando e pedindo desculpas para ele por ter atropelado seu amigo e dizendo que tinha um bebê na minha barriga. Quando meu marido chegou do serviço, contei para ele que tinha feito mais um teste e que o resultado também havia sido positivo. E ele me perguntou se a marca do teste era a mesma, eu confirmei e ele disse, vamos tentar fazer de outra marca... fomos novamente à farmácia e pedimos outro teste, e que surpresa: POSITIVO. Liguei no mesmo dia e marquei consulta com meu novo médico, quando cheguei ele me olhou e disse: `Só porque eu tinha receitado a pílula.´ Ele riu, eu tentei, mas não tenho certeza se consegui, pois ele pediu urgência no exame de sangue e nesse mesmo dia eu peguei o resultado. Agora não dava para escapar, esse POSITIVO era inegável.
   Minha mente nesse momento pensava em milhões de coisas ao mesmo tempo, como meus filhos iriam reagir? E minha família? E meu marido? E eu mesma nesta nova situação?
   Bom, agora não tínhamos mais como escapar, eu deveria enfrentar a situação, uma vez que meu marido já sabia e estava em estado quase catatônico, sem falar ou expressar nada sobre a gravidez. Era hora de contar aos meus filhos, meu filho mais velho, Vitor, com sete anos se sentiu fragilizado afinal quando a irmã dele nasceu, ele tinha apenas dois anos, ainda era um bebê e as coisas apenas aconteceram à sua volta. Dessa vez apareceu a insegurança, será que o bebê vai tomar meu lugar? E apesar de termos conversas desde então, ele só se sentiu bem com a notícia nos últimos dias, quando descobrimos que o bebê será um menino. Já a notícia do sexo do bebê que tranquilizou meu filho, deixou minha menina, Isabella, de cinco anos, abalada. Até agora ela estava super bem, mas agora que sabe que será um menino, se sente minoria e está toda dengosa. Vamos continuar a trabalhar isso na cabeça dos dois. Meu principal desafio é demonstrar para eles que o coração da mamãe não se dividiu e sim cresceu um pouquinho mais... queria tanto que eles entendessem isso.
   E contar pra família? Uma das partes mais difíceis, alguns aprovaram e deram força, outros concordaram ou pelo menos souberam esconder espanto e outros simplesmente não conseguiram disfarçar quão desesperador pode ser ter mais um filho. Agora que algum tempo já passou, todos estão convivendo bem com a ideia do novo membro da família.
   E hoje que estou com 21 semanas e a barriga já aparece, eu me divirto com os estranhos, que não podem ver uma grávida e já puxam conversa e quase sempre é a mesma coisa:

- Você está grávida? De quanto tempo? (Sorrindo)
- Sim, cinco meses (nem vem com esse papo de semana que ninguém além de você e seu GO querem saber).
- Nossa... a vida muda, é tão bom, é seu primeiro filho? (Sorrindo)
- Não, na verdade é meu terceiro...
- Ah... (Já não está mais sorrindo) Puxa... Nossa... Que coragem! (Com uma cara bem estranha) 

   E lá se vai o estranho embora, e eu hoje dou risada, mas no começo isso me incomodava, afinal, quem disse que o tamanho certo de uma família é esse ou aquele? Eu mesma me julguei quando me vi grávida do terceiro filho, sem nem mesmo lembrar que na época que namorava eu dizia que queria ter três filhos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário